Criar uma retórica de
justificação do naturismo deveria ser a principal função associações e dos grupos naturistas
em rede sociais. Precisamos desenvolver habilidade de falar sobre
o naturismo e ser persuasivos, mas o exemplo devem também ser coerente.
A defesa da liberdade
de está nu começa no meio em que vivemos e através das nossas atitudes ao mostrar
que a nossa intenção não de ofender costumes já estabelecidos e sim criar
espaço para a aceitação da liberdade de nossos corpos.
Há alguns anos tomei
a decisão de viver sem roupa no espaço da minha casa. Logo minha casa virou
espaço de nudez opcional. Quem quiser ficar nu, fique à vontade.
Vizinhos, amigos,
colegas de trabalho sabem disso, logo, quem me visitar vai me encontrar nu.
Raras são as pessoas que solicitam que eu vista algo antes delas entrarem em
minha casa. Até mesmo aos prestadores de serviço, como faxineira, pedreiro, o
jardineiro... já expliquei o que é o naturismo e pedi autorização para ficar
nu e eles aceitaram a minha nudez
Se não nos assumimos
como naturistas como é que esperamos que o naturalismo seja naturalizado?
Sejamos radicais, digo “peladais”! rsrs
Para divulgar o
naturismo procuro escrever textos e publicá-los na página e site da associação
NatVale, como também enviar textos para imprensa local.
Escrever para mim é
muito difícil, mesmo um pequeno texto como este. Preciso escrever, ler e
reescrever até ficar num padrão aceitável. Às vezes público e apago para
refazê-lo.
O exemplo, narrativa e a
retorica para divulgação fazem essenciais porquê e somos poucos.
Quando entrei no
movimento achei que ia encontrar milhares, mas a realidade é bem diferente.
Mesmo sendo o controlador das mídias da NatVale, até o presente momento, devo
ter conhecido algo em torno de 500 naturistas. É pouquíssimo. É um universo minúsculo.
Mas sou otimista, acredito
que há muitos que ainda não saíram do armário, ou melhor não deixaram a roupa
ainda no armário rsrs.
Para trazer mais
gente é necessário encarar o naturismo como movimento filosófico, político e
social. Como todo movimento, exige nosso engajamento e militância.
Sigamos o exemplo dos
movimento sociais, feministas, LGBT, de pretos e pretas, e indígenas
que, diante as dificuldades que têm, partiram para várias ações para conquistar
lugares de fala.
“Lugares de fala” são
todos aqueles que devemos ocupar para justificar nossa existência como grupo
social e nos posicionamos para ter visibilidade e aceitação.
Aliais devemos somar
com estes movimentos sociais. Eles podem nos ensinar muito. Não esqueçamos que
somos minorias também.
Que possamos
organizar nas associações, não somente encontros e festas entre os já
naturistas, mas também organizar o movimento em si, fazer ações de divulgação
midiáticas, físicas ou digitais, palestras, e tudo que possa trazer uma atenção
séria para o movimento.
O que percebi na
minha prática é que quanto mais divulgamos, mais aparecem novos naturistas ou,
simplesmente, mais pessoas aceitam que naturistas possam existir e aceitam o
direito das pessoas são felizes por estarem nuas.
Toda divulgação tem
custo. Mesmo a impressão de panfletinhos em uma máquina de xerox, para fazer
divulgação tem custos; o custo do papel, do tempo desprendido para fazer
elaborar o texto, o tempo usado para distribuição.
A divulgação digital
objetiva também tem custo. Além do mais, as associações têm que aprender a usar
os boots (robôs cibernéticos), divulgar e localizar as pessoas mais propensas
ao naturismo e facilitar o acesso delas ao movimento naturista.
Juntemo-nos e façamos
ações planejadas, se e nós, os interessados, não fizermos ações para divulgar o
naturismo, quem fará?
Ubiratan – SJC - SP
leia também:
Sem dúvida que o autor tem o direito de andar nu em sua casa ou onde for permitido.
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