Como o naturista vota?
Nós naturistas precisamos ampliar nossos espaços de fala, com ações coletivas em prol da causa que se propõe ser uma filosofia,na qual acreditamos que há benefícios em estarmos e vivermos nus.
As práticas do naturismo abrangem o cuidado com a natureza e o meio-ambiente, a atividade física, a busca de alimentação saudável e uma vida mais simples
A nossa missão como movimento é mostrar que não há nada de errado com a nudez. E, para tanto, há a necessidade de promovermos o debate para expor as questões ligadas ao naturismo do ponto de vista legal, religioso e moral. Assim, para as pessoas poderem tirar suas dúvidas e aceitarem aqueles que querem estar e viver nus, é preciso antes promovermos ações com o objetivo de conscientizá-las do direito ao respeito com os naturistas. Uma vez que a nudez é um direito natural e o direito natural antecede o direito legal.
Este debate se faz na “ágora” do espaço político, pois lá é que se fazem as leis e os códigos de condutas. Sendo assim, não podemos renunciar a nenhuma das estratégias e isso inclui apoiar pessoas em pontos chaves que podem facilitar a melhor inserção, divulgação e popularização do nosso movimento na sociedade e que possam, dessa forma, contribuir para aumentar a nossa influência quanto movimento que somos.
Nos grupos naturistas quase sempre nos é solicitado a não expor preferências políticas, religiosas, futebolísticas etc. Isso porque se teme que estes assuntos tragam a cizânia e o movimento naturista, que já é composto de poucas pessoas, não seja capaz de suportar múltiplas divisões.
Contudo, nos momentos de eleições, devemos ter em mente uma outra lógica que possa compreender que tudo é político e não é possível apartar a política das nossas vidas, organizações, tribos e comunidades. E que, como movimento que pretende conquistar direitos de ser, existir e crescer, temos a obrigação de usarmos o voto como ferramenta de transformação na busca desses ideais. Para tanto, é preciso que os naturistas, principalmente em seus domicílios eleitorais, e em quaisquer outros que possam influenciar, busquem apoiar candidatos naturistas ou mesmo simpatizantes, independente de partidos políticos, que se comprometam a apoiar, ou mesmo não atrapalhar, as nossas reivindicações naturistas.
O naturismo não se identifica com os políticos ou com os interesses dos partidos, pois sabemos que é impossível colocar os naturistas de vários matizes ideológicos no mesmo balaio. Ainda, devido a este fato, é quase impossível para o movimento constituir candidaturas coletivas de naturistas ou simpatizantes. Contudo, uma formação de consenso mínimo se faz necessária.
Ao votar, o naturista deve, entre outras coisas, escolher candidatos que não atrapalhem ou que não sejam contrários ao movimento naturista, além, é claro, de verificar a trajetória pessoal dos candidatos, se eles mostram-se comprometidos com a promoção de uma ecologia integral, com o bem comum, com prioridades no campo da saúde, da educação, da segurança, do transporte e do direito à alimentação, todos estes direitos já consagrados na nossa constituição, mas que precisam de uma forcinha para se concretizar. Além disso, é preciso observar se os candidatos estão comprometidos com a redução de todas as formas de violência.
É fundamental também acompanharmos o compromisso dos candidatos eleitos com o movimento naturista ao longo de todo o seu mandato; Pedimos a todos os naturistas que estão a disputar as eleições como candidatos que nos avisem para que possamos votar mais conscientes nessas eleições que se aproximam.
E, para concluir, lembramos que a participação política vai muito além do voto no dia da eleição, a democracia tem qualidade, na medida que o cidadão está inserido nos processos de formulação, decisão, implementação e controle dos recursos públicos através dos Conselhos Municipais (Estaduais e Federais).
Descubra quais os Conselhos na sua cidades que você pode participar e influenciar as políticas públicas.
A transparência do uso do recurso público e o básico de uso estado democrático democrático, pois permite acompanharmos as decisões públicas que têm impacto direto na vida do cidadão e consequentemente a participação popular efetiva na administração pública.
Ubiratan Fazendeiro
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Neste primeiro domingo de outubro o Brasil foi às urnas escolher seus novos dirigentes. Foram eleitos presidente, governadores, senadores, deputados federais, e deputados estaduais. Para nós, Naturistas, são estas três últimas classes de políticos as que realmente importam. Pois são eles que idealizam novas leis, as debatem e as aprovam ou não. São para eles principalmente que deveríamos ter dirigido nossas atenções e esperanças para termos, em todos os níveis federativos, leis que possam ajudar o Naturismo se desenvolver de forma segura e eficiente. Porém os resultados são preocupantes, pois, em todo o Brasil, políticos com viés conservador foram eleitos e podem (não necessariamente, é claro), atrapalhar nosso sonho de termos um Naturismo reconhecido e regulamentado.
Estamos em momento crítico há mais de três anos, com o projeto de Lei, que regulamenta o Naturismo no Brasil parado no Senado Federal sem qualquer aparência que vai se movimentar. Com a nova composição do senado, a tendência e de ser mais conservador ainda. Nosso sonho de termos uma Lei federal para o Naturismo aparentemente fica ainda mais distante. Não é à toa que temos um projeto de lei da Câmara de Vereadores do município de Balneário Camboriú que pretende proibir a prática do Naturismo na praia do Pinho. É um exemplo do que pode acontecer com o Naturismo em todo o país. Lastimável.
Na verdade, no campo federal, falta muito pouco para o projeto de Lei 7204/2017 entrar em plenário para ser votado, mas está nesta situação há três anos (!). Corre-se o risco de acontecer com este projeto o mesmo que aconteceu com outro de autoria do então deputado federal Fernando Gabeira, que exatamente como desta vez, após de ter sido aprovado na Câmara dos Deputados, parou no Senado, não foi votado e foi simplesmente arquivado, sem qualquer apreciação. Mas, "bola prá frente".
Estamos em momento crítico há mais de três anos, com o projeto de Lei, que regulamenta o Naturismo no Brasil parado no Senado Federal sem qualquer aparência que vai se movimentar. Com a nova composição do senado, a tendência e de ser mais conservador ainda. Nosso sonho de termos uma Lei federal para o Naturismo aparentemente fica ainda mais distante. Não é à toa que temos um projeto de lei da Câmara de Vereadores do município de Balneário Camboriú que pretende proibir a prática do Naturismo na praia do Pinho. É um exemplo do que pode acontecer com o Naturismo em todo o país. Lastimável.
Na verdade, no campo federal, falta muito pouco para o projeto de Lei 7204/2017 entrar em plenário para ser votado, mas está nesta situação há três anos (!). Corre-se o risco de acontecer com este projeto o mesmo que aconteceu com outro de autoria do então deputado federal Fernando Gabeira, que exatamente como desta vez, após de ter sido aprovado na Câmara dos Deputados, parou no Senado, não foi votado e foi simplesmente arquivado, sem qualquer apreciação. Mas, "bola prá frente".
Pedro Ribeiro
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